Higiene na ordenha - ZooVet em pauta com Dr. Alessandro Machado


Foto: Reprodução

    A mastite é uma das principais enfermidades que afetam vacas leiteiras, gerando prejuízos econômicos significativos e comprometendo a qualidade do leite. A adoção de práticas adequadas de manejo higiênico durante a ordenha é fundamental para reduzir a incidência dessa doença, sendo o pré e o pós-dipping medidas essenciais nesse processo. O pré-dipping, ou pré-imersão dos tetos, promove a desinfecção da pele do teto antes da ordenha, eliminando microrganismos presentes na superfície que poderiam contaminar o leite ao entrar em contato com o canal do teto.

    O pós-dipping, por sua vez, tem como função principal proteger o canal do teto logo após a ordenha, momento em que ele permanece aberto por alguns minutos e vulnerável à penetração de agentes patogênicos do ambiente. A aplicação correta de soluções desinfetantes após cada ordenha forma uma barreira protetora e auxilia na prevenção da mastite ambiental e contagiosa. Essas práticas, associadas à higiene rigorosa das mãos dos ordenhadores, dos equipamentos e do ambiente de ordenha, são medidas comprovadamente eficazes na redução dos casos de mastite clínica e subclínica.

    Além do manejo dos animais, o acondicionamento correto do leite é fundamental para garantir sua qualidade e segurança. O leite deve ser imediatamente resfriado a 4 °C, armazenado em tanques ou latões devidamente higienizados e protegido da luz, do calor e de contaminantes externos. A falta de cuidados nesse processo pode favorecer a multiplicação de microrganismos, incluindo coliformes, que comprometem a qualidade higiênico-sanitária do produto e podem gerar riscos à saúde pública. Portanto, práticas simples, porém consistentes, como o pré e pós-dipping e a higiene da ordenha, são pilares para a produção de leite seguro, de alta qualidade e economicamente viável.

ZooVet em Pauta com Dr. Alessandro Machado | Ep. 41 

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