A criação de coelhos, também conhecida como cunicultura, tem ganhado destaque como atividade zootécnica devido ao seu baixo custo de implantação, rápido retorno produtivo e elevado potencial reprodutivo dos animais. Os coelhos apresentam um ciclo reprodutivo curto, crescimento acelerado e ótima conversão alimentar, o que permite ao produtor trabalhar com sistemas eficientes em pequenos espaços. Além disso, a espécie possui grande flexibilidade de manejo, podendo ser criada tanto de forma intensiva quanto semi-intensiva, adaptando-se bem a diferentes realidades regionais.
Apesar das vantagens, a criação de coelhos também apresenta algumas desvantagens que devem ser consideradas. Entre as principais limitações estão a necessidade de cuidados rigorosos com higiene e ventilação, devido à sensibilidade dos coelhos a doenças respiratórias e estresse térmico. O manejo alimentar e sanitário requer atenção constante, e a mão de obra deve estar bem treinada para evitar perdas. Outro ponto importante é que o mercado ainda é relativamente pequeno em comparação ao de outras carnes, o que pode dificultar a comercialização em algumas regiões, exigindo que o produtor busque nichos específicos de consumidores.
O mercado consumidor de carne de coelho, embora menor, tem crescido devido ao interesse por alimentos mais saudáveis e sustentáveis. A carne de coelho destaca-se pela excelente qualidade nutricional, sendo rica em proteínas de alto valor biológico, com baixo teor de gordura e colesterol, além de apresentar sabor suave e boa digestibilidade. Esses atributos tornam o produto especialmente atrativo para consumidores que buscam alternativas mais saudáveis, como idosos, crianças e pessoas em dietas especiais. Com um bom planejamento comercial e estratégias de divulgação, a cunicultura pode se tornar uma atividade lucrativa, sustentável e promissora para pequenos e médios produtores.
ZooVet em Pauta com Dr. Alessandro Machado | Ep. 54
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