A imposição de tarifas de 50% pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros gerou impactos significativos na economia nacional, sobretudo no setor agropecuário. O Brasil, como um dos maiores exportadores de carne bovina, suína e de aves, viu sua competitividade reduzida no mercado norte-americano. Essa barreira comercial limitou o acesso a um dos principais mercados consumidores, elevando custos e diminuindo margens de lucro para produtores e exportadores.
Na Bahia, estado com expressiva participação na pecuária, os prejuízos foram notórios. Pecuaristas baianos enfrentaram queda nas exportações, especialmente de carne bovina in natura e processada, que tradicionalmente encontram boa aceitação internacional. Além disso, a dificuldade de acesso ao mercado externo forçou parte da produção a permanecer no mercado interno, pressionando os preços e reduzindo a rentabilidade da cadeia produtiva.
Entre os setores mais prejudicados, destacam-se a bovinocultura de corte, seguida pela avicultura e pela suinocultura, todos dependentes das exportações para manter competitividade. No caso da bovinocultura, a Bahia, que já enfrenta desafios relacionados a custos de produção e logística, viu intensificar-se a dificuldade de escoamento de sua produção. A avicultura e a suinocultura, embora menores no estado em relação ao rebanho bovino, também sofreram com a retração da demanda internacional, comprometendo investimentos e gerando insegurança para pequenos e médios produtores.
ZooVet em Pauta com Dr. Alessandro Machado | Ep. 47
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