O Brasil confirmou, nesse mês de maio (2025), seus primeiros casos de gripe aviária em aves comerciais e silvestres, ambos no estado do Rio Grande do Sul. O primeiro foco ocorreu em uma granja de reprodução no município de Montenegro, resultando na morte ou no abate preventivo de aproximadamente 17 mil aves. O segundo caso foi registrado no zoológico de Sapucaia do Sul, onde cerca de 100 aves silvestres, incluindo cisnes-de-pescoço-preto, morreram. As autoridades estão realizando análises genéticas para determinar se há relação entre os dois focos.
A chegada do vírus H5N1, altamente patogênico, representa uma ameaça significativa à avicultura brasileira, que é responsável por cerca de 35% das exportações globais de carne de frango. Em resposta, o governo federal declarou estado de emergência zoossanitária por 60 dias na região afetada e implementou medidas rigorosas de contenção, incluindo o abate de aves, restrição de acesso às granjas e instalação de barreiras sanitárias. Além disso, seis casos suspeitos estão sendo investigados em outros estados, como Tocantins, Santa Catarina, Mato Grosso, Ceará e Sergipe.
Quanto ao risco para a saúde humana, as autoridades sanitárias afirmam que ele é baixo. Infecções em humanos geralmente ocorrem após contato direto e prolongado com aves infectadas. Não há evidências de transmissão sustentada de pessoa para pessoa, e o consumo de carne de frango e ovos devidamente cozidos é considerado seguro, pois o vírus é eliminado pelo calor.
A população brasileira deve permanecer vigilante, mas tranquila. As autoridades estão monitorando a situação de perto e adotando todas as medidas necessárias para conter a propagação do vírus. É fundamental que qualquer suspeita de aves doentes ou mortas seja comunicada imediatamente aos órgãos de defesa agropecuária. Com a colaboração de todos, é possível proteger a saúde pública e preservar a integridade da avicultura nacional.
ZooVet em Pauta com Dr. Alessandro Machado | Ep. 40
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