A nutrição de codornas de postura é essencial para garantir alta produtividade e qualidade nos ovos, atendendo às exigências nutricionais específicas dessas aves. O consumo diário de ração varia entre 20 a 25 gramas por ave, ajustado de acordo com o clima e a fase produtiva. A proteína, representando cerca de 18 a 20% da dieta, é indispensável para a formação de ovos, crescimento e manutenção corporal, com destaque para aminoácidos essenciais como lisina (1,0 a 1,2%) e metionina (0,35 a 0,40%).
A energia metabolizável, proveniente de ingredientes como milho e gordura vegetal, deve ser de 2.800 a 3.000 kcal/kg para atender à demanda energética de manutenção e produção. Minerais como cálcio (2,5 a 3,5%) e fósforo (0,35 a 0,40%) são fundamentais, sendo o cálcio crucial para a formação da casca dos ovos. A proporção entre cálcio e fósforo deve ser mantida em 4:1 para evitar desbalanços que comprometam a qualidade óssea e a casca. Vitaminas como A, D3 e E, além do complexo B, também desempenham papéis importantes no metabolismo, na imunidade e na saúde geral das aves.
A inclusão de fibras (2 a 4%) e gorduras (3 a 5%) melhora a digestão e aumenta a densidade energética da ração. A água, embora frequentemente negligenciada, é essencial, com consumo diário entre 50 a 100 ml por ave, dependendo do clima e da fase produtiva. Durante as diferentes fases do ciclo produtivo – início, pico e fim de postura –, ajustes nutricionais devem ser feitos para manter a eficiência e evitar perdas.
Rações balanceadas incluem milho como fonte de energia, farelo de soja como principal proteína, calcário e fosfato bicálcico para minerais, além de premixes vitamínico-minerais para suprir micronutrientes. Essa abordagem científica e prática na nutrição garante melhor desempenho, saúde e qualidade dos ovos produzidos pelas codornas. O monitoramento constante de consumo e produção permite ajustes na formulação, promovendo eficiência econômica e bem-estar animal.
ZooVet em Pauta com Dr. Alessandro Machado | Ep. 31
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