Coriza infecciosa (Gogo) nas aves - ZooVet em Pauta com Dr. Alessandro Machado

 


Com frequência, ouvimos relatos de criadores de aves sobre animais acometidos por Gogo, nome popular para a Coriza Infecciosa. Esta doença, causada pela bactéria Avibacterium paragallinarum, pode afetar tanto aves domésticas quanto silvestres. As aves infectadas apresentam principalmente comprometimento do sistema respiratório, com sinais como secreção nasal e respiração pela boca. Além disso, pode-se observar conjuntivite, inchaço na região da cabeça perto dos olhos, o que pode levar ao fechamento das pálpebras e até à destruição do globo ocular. As aves também podem apresentar asas caídas.

A contaminação ocorre principalmente por aerossol (partículas suspensas no ar) através do contato direto entre aves doentes e saudáveis, mas também pode acontecer por meio de água ou ração contaminadas, moscas e fômites (objetos contaminados). Alguns animais não desenvolvem sinais, mantendo a doença de forma crônica e atuando como principais disseminadores.

Em galpões comerciais, onde as aves têm a mesma idade, a contaminação ocorre de ave para ave de maneira uniforme. Em criações familiares, com animais de diferentes idades no mesmo local, a contaminação geralmente se dá dos mais velhos para os mais jovens. A doença é comum em ambientes sujos, úmidos, com correntes de ar e instalações improvisadas e inadequadas. Ao identificar aves doentes, estas devem ser imediatamente separadas das saudáveis e submetidas ao tratamento adequado.

A Coriza Infecciosa compromete significativamente o desempenho e a produção das aves, causando grandes prejuízos econômicos. O diagnóstico deve ser realizado por um médico veterinário, que avaliará os sinais clínicos e realizará exames laboratoriais, uma vez que a doença pode ser confundida com outras de sinais semelhantes.

Para garantir uma imunização eficaz, a melhor forma de prevenção é a vacinação de todas as aves, seguindo rigorosamente um calendário de vacinas sob supervisão de um profissional qualificado. Isso assegura que a imunização seja feita corretamente, observando boas práticas, como a escolha adequada dos locais de aplicação, a idade apropriada das aves e as doses corretas da vacina.

ZooVet em Pauta com Dr. Alessandro Machado | Ep. 07

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