O reconhecimento veio! Bahia estado livre da febre aftosa sem vacinação - ZooVet em pauta com Dr. Alessandro Machado

 


A Febre Aftosa é causada por um vírus altamente contagioso, com expressivos impactos econômicos a animais bovinos, suínos, caprinos, ovinos e outros. Quando a doença se instala no animal, raramente é fatal para adultos, mas pode causar a morte de animais jovens. A doença deve ser obrigatoriamente notificada, segundo o Código Sanitário para Animais Terrestres da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e a Instrução Normativa nº 50/2013 do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). 

Após 56 anos desde o início da campanha de vacinação contra a Febre Aftosa, a Bahia passa a ser reconhecida pelo MAPA como estado livre da doença sem vacinação. A Portaria nº 665, publicada em 25 de março, que passará a vigorar em  2 de maio também estende esse reconhecimento a mais 15 estados da federação, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, Sergipe e o Tocantins. 

No Brasil, os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e do Mato Grosso já ostentam o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA. Em contrassenso, os estados do Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, ainda são considerados livres da aftosa com vacinação,.

Na Bahia a última campanha de vacinação contra a Febre Aftosa está acontecendo, teve início no dia 1º de abril e seguirá até o dia 30 do mesmo mês. Espera-se um alcance vacinal de 100% do rebanho baiano apto a ser vacinado, isso corresponde a um efetivo de bovinos e bubalinos de 13 milhões de cabeças, sendo o estado o 7º colocado no ranking nacional. Após a vacinação, os produtores precisam declarar a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) até o dia 17 de maio e também informar a geolocalização das propriedades pelo site www.adab.ba.gov.br ou seguir até um dos 376 escritórios da Agência nos 27 Territórios de Identidade.

A transição de zonas livres de febre aftosa com vacinação para livre sem vacinação faz parte do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PE-PNEFA). Essa transição só é possível com a adesão total aos critérios definidos PE-PNEFA que estar em conformidade com a OMSA. Atualmente, a meta estabelecida pelo MAPA, é que o brasil se torne livre da Febre Aftosa sem vacinação até 2026.

Logo, a classificação de zona livre da Febre Aftosa sem vacinação traz uma série de benefícios econômicos ao setor agropecuário local, bem como, à economia nacional, o que permite acesso a novos mercados, melhoria na qualidade dos produtos, aumento da competitividade, estimulo a investimentos, melhoria da sanidade animal, fortalecimento da imagem do pais e redução dos custos principalmente pela eliminação da logística da vacinação.

ZooVet em Pauta com Alessandro Machado | Ep.01

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