Jacobina: Foragido de alta periculosidade levava vida tranquila em Cachoeira Grande; Homem é acusado de ter matado músico e GCM à sangue frio

Foto: Reprodução - Bahia Acontece

Nos últimos dias uma das notícias que mais reverberaram em toda Bahia foi a prisão de um foragido da Justiça de alta periculosidade autor de dois crimes hediondos que foram praticados na região metropolitana de Salvador. 

Este elemento, acusado de matar com frieza e requintes de crueldade um músico percussionista e um Guarda Civil Municipal de Camaçari, foi enfim capturado cerca de dois anos após os crimes depois de ter sido identificado pelas câmeras de reconhecimento facial do Centro Integrado de Comunicações, (CICOM), quando transitava livremente na região da praça da feira livre de Capim Grosso-BA. Após disparar o alarme na central de monitoramento, de imediato policiais 91ª CIPM, conseguiram realizar a abordagem e prender o foragido.

O que pouca gente sabe é que, se não fosse a eficiência das câmeras de monitoramento, este homem continuaria vivendo tranquilamente no anonimato na zona rural do município de Jacobina-BA, onde tinha fixado residência pouco tempo após passar a ser considerado foragido. 

Segundo apurou a redação do site Bahia Acontece, o foragido estaria vivendo há mais de um ano na  pacata e hospitaleira comunidade de Cachoeira Grande, onde se sentia tão à vontade ao ponto de ter até mesmo aberto um pequeno comércio varejista de frutas e verduras. Inclusive, quando foi preso,  ele estaria na feira de Capim Grosso justamente para realizar compras e reabastecer o seu ponto comercial.

A notícia de sua prisão pegou a comunidade de surpresa, pois ninguém desconfiava que este cidadão seria uma pessoa tão perigosa como revelou o processo investigativo da polícia

SAIBA DETALHES DOS CASOS:

Segundo apurou a redação do Bahia Acontece os homens mortos aos quais o crime é acusado ao preso são o músico Renato Santos Evangelista, que a época do crime tinha 23 anos. Ele desapareceu no dia 21 de novembro de 2021 quando estava na localidade do " Mutirão" em Catu de Abrantes, que pertence ao município de Camaçari. Durante as investigações a polícia encontrou imagens que mostravam o jovem implorando para que não fosse morto por três elementos, que seria o homem preso em Capim Grosso e mais dois comparsas. No áudio da gravação pode se ouvir a vítima dizer: "Vai me matar é?", antes de receber o primeiro tiro. Logo em seguida ele tenta correr mas é alcançado pelo trio e baleado mais duas vezes morrendo no local. Seu corpo foi encontrado horas depois. 

Foto: Reprodução - Bahia Acontece


As investigações revelaram que o músico foi morto depois de ter sido sequestrado após um show que havia participado na localidade de Vila de Abrantes. O rapaz teria sido assassinado por morar em um bairro que tem um grupo criminoso rival ao que o trio pertencia.

A outra vítima é identificada como Tiago Duarte Banhana,  que era Guarda Civil Municipal da cidade de Camaçari. As investigações revelaram que ele foi abordado de surpresa e imobilizado com um golpe de mata-leão, quando estava com a namorada em um bar da comunidade de Vila de Abrantes. Mesmo estando armado, o GCM foi dominado e levado em seguida por criminosos fortemente armados, sendo encontrado sem vida na comunidade de Nova Brasília, Salvador, um dia após o sequestro, em um sábado dia 5 de fevereiro de 2022.

Após uma denúncia anônima os policiais encontraram o corpo da vítima, que estava sem roupas, com as mãos amarradas para trás e diversas marcas de tiros, o que caracteriza crime de execução.

A população ordeira da comunidade de Cachoeira jamais imaginava que estaria abrigando em seu seio um elemento acusado de crimes de tal magnitude. Aquele comerciante acima de qualquer suspeita, na verdade era um criminoso frio e calculista, acusado de ser o autor de dois crimes cruéis, em que as vítimas não tiveram nenhuma chance de defesa. Ele também é acusado de ser membro de uma facção criminosa extremamente violenta, que elimina sem piedade qualquer um que ameace sua area de atuação no município de Camaçari.

Uma moradora da localidade comentou in-off a redação do site que até sua prisão, ele vivia tranquilamente por lá, mas se mantinha discreto. Não interagia muito e era de poucas palavras. O seu comércio tinha pouco movimento pois, segundo esta fonte, as coisas eram muito caras e raramente se via clientes comprando alguma coisa lá.

Após sua prisão, o homem, que não teve sua identidade revelada devido a lei de abuso de autoridade, foi conduzido para a delegacia de Capim Grosso onde aguarda a adoção das medidas cabíveis, devendo ser recambiado para Camaçari, distrito da culpa, nos próximos dias.


Fonte: Bahia Acontece

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