Jacobina está entre a lista suja do trabalho escravo na Bahia; Confira

Trabalhadores foram resgatados de trabalho similar ao escravo em carvoaria de Salvador em março de 2023 — Foto: Cid Vaz/TV Bahia

A Bahia tem novos 14 empregadores que submeteram pessoas a condições análogas à de escravidão, segundo a Lista Suja do Trabalho Escravo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), atualizada neste mês de outubro e divulgada nesta terça-feira, dia 10 de outubro de 2023.

O número colocou o estado, junto com o Piauí, em 1° lugar do Nordeste em número de empregadores que submeteram pessoas a condições análogas à de escravidão. Ambos ficaram em 4º lugar em relação a todos os demais estados brasileiros, atrás somente do Pará (17), São Paulo (32) e Minas Gerais (37).

A 'lista suja", como é popularmente conhecida, é o principal instrumento de políticas públicas para o combate ao trabalho escravo. Por meio dela, é possível verificar e combater o problema.

De acordo com o MTE, ao menos 99 trabalhadores foram submetidos às condições de trabalho similares à escravidão na região nos últimos anos. Os casos foram registrados em 19 municípios.

A lista nacional teve sua maior atualização da história, com 204 nomes adicionados. No Nordeste, os estados ficaram à frente do Maranhão (13), Ceará (5), Pernambuco (4), Rio Grande do Norte (3), Alagoas (3), Paraíba (2) e Sergipe (2).

A divulgação é feita em abril e outubro de cada ano. Na lista divulgada nesta terça-feira, foram acrescentados 14 novos nomes ao documento. Os demais empregadores já constavam na lista desde abril.

Os nomes só são adicionados ao cadastro após a conclusão do processo administrativo que julgou o caso, com uma decisão sem possibilidade de recurso. E retirados em caso de novas decisões judiciais ou por completarem o período de dois anos.

Cidades da Bahia com empregadores envolvidos:

  • Sento Sé: cinco casos com 22 trabalhadores;
  • Santa Luzia: um caso com 11 trabalhadores;
  • Elísio Medrado: um caso com um trabalhador;
  • Xique-Xique: um caso com 10 trabalhadores;
  • Mulungu do Morro: um caso com um trabalhador;
  • Ribeirão do Largo: um caso com três trabalhadores;
  • Salvador: um caso com um trabalhador;
  • Canavieiras: um caso com um trabalhador;
  • Santa Cruz Cabrália: um caso com dois trabalhadores;
  • Ilhéus: dois casos com seis trabalhadores;
  • Feira de Santana: dois casos com dois trabalhadores;
  • Várzea Nova: um caso com 12 trabalhadores;
  • Angical: um caso com dois trabalhadores;
  • Baixa Grande: um caso com um trabalhador;
  • Cardeal da Silva: um caso com um trabalhador;
  • Uruçuca: um caso com um trabalhador;
  • Ipirá: dois casos com três trabalhadores;
  • Jacobina: um caso com 14 trabalhadores;
  • Itabuna: um caso com cinco trabalhadores.

Fonte: g1 Bahia

 

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