Morre o Juiz Dr. Raimundo aos 89 anos em Brasília


Dr. Raimundo ao lado da sua filha, Thâmar - Foto: Reprodução/facebook.


O Juiz aposentado, Dr. Raimundo, morreu nesta última quinta-feira, 07 de março de 2019 aos 89 anos, em Brasília, onde morava com a família.
Dr. Raimundo já foi juiz em Miguel Calmon-BA, por 10 anos, entre as décadas de 70 e 80, onde fez muitos amigos.
O corpo foi sepultado no início da noite de ontem (7), em Brasília.

Uma filha do juiz postou uma mensagem no facebook, comunicando a morte do pai.
"Meu pai partiu. Partiu tranquilo, sem dor, sem sofrimento. Despedi dele, como fazia todas noites, com , alegria, sorrisos, graça e palavras de amor. Meia hora depois ele se foi. Perdi meu companheiro, minha grande fonte de coragem, onde ia beber diariamente, perdi meu confidente, para quem contava minhas tristezas, decepções e recebia lições de coragem e palavras sábias de incentivo e perseverança.
Perdi aquele que conhecia meus defeitos, mas que preferiu conviver e sempre exaltar as minhas qualidades. Perdi o amigo carinhoso que sempre tinha um afago, um homem elegante cheio de elogios as minhas qualidades de mulher que ele admirava por ser independente, não se subjugar aos eternos grilhões com que querem nos prender, que não aceitava às rédeas com que o machismo tenta naturalizar os espaços que julga nossos.
Perdi o juiz experiente, preparado, a quem eu consultava nas horas das lides pessoais, de todos os amigos e questões políticas. Perdi o amigo culto, poliglota, que falava 6 idiomas, meu tradutor de francês, italiano, inglês, latim. Meu professor de português, meu poeta, meu recidator, meu cantor apaixonado das lindas canções italianas, do avô que colocava os netos para dormir cantando bercieres francesas; meu companheiro das mais incríveis viagens, com quem eu conheci desde o raso da Catarina, a Chapada Diamantina, as praias brasileiras, os caminhos de Minas e também o além mar, na velha Europa.
Perdi o avô dos meus filhos, mas que também era pai e dividia comigo a responsabilidade da educação e formação e as alegrias das conquistas e vitórias. Perdi meu Porto Seguro, meu platô de decolagem para voos arriscados, meu cúmplice de planos doidos, meu parceiro de sonhos impossíveis, aquele que me ajudava a “vencer o inimigo invencível” e a “Voar num limite improvável e a
Tocar o inacessível chão”. Mas espero que a coragem que ele me ensinou e me incutiu para enfrentar a vida permaneça comigo, como sei permanecerá a unidade inquebrantável de puro amor e vontade de construção de um mundo mais justo com que junto com minha mãe ele formou sua família, que é o que nos sustenta nessa hora da dor da separação."

Fonte: Blog Calmon Notícias

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